O dia amanhece com o noticirio denunciando uma suposta funcionria do Ministrio do Trabalho cobrando propina.
A golpista aparece na empresa, com uma srie de documentos falsos, representando uma vistoria do Ministrio do Trabalho. Depois de anunciar que tudo est certo afinal ela no poderia autuar ela sugere o pagamento de um valor para que a empresa se livre de vistorias do Ministrio do Trabalho por um perodo de cinco anos.
crime!!! Mas por qu existe este crime?
Existe porque fcil, existe porque o empresrio brasileiro no suporta mais burocracia, leis que atrapalham, dificuldades criadas por gatunos, uma relao trabalhista baseada em interesse conflitantes cujo dono do capital sempre tido como um criminoso, algum disposto a fazer o mal, no interessa a qual. Se no criminoso ainda vai ser.
Qual crime ele comete??? O crime hediondo de gerar emprego num pas onde o dinheiro deveria ser mantido como capital especulativo. Por qu produzir? Por qu empregar? Vamos penalizar esta turma?
A golpista se aproveita do absurdo da legislao, sabe do quanto as leis trabalhistas custam s empresas brasileiras. A, com uma dose de criatividade bem carnavalesca, planeja o golpe.
O empresrio, ao pagar propina, tambm comete crime: errado!!
No o intuito defender esta conduta por parte dos empresrios, mas o fato que a severidade das legislaes, a intolerncia de quem as exerce e o oportunismo de advogados, funcionrios e sindicatos inescrupulosos levam os empresrios a adotar medidas extremas. Sim, so extremas pois obrigam homens honestos a afrontarem a legislao, carem no submundo dos fora da lei.
Evidentemente, os empresrios de mau carter devem ser excludos deste raciocnio.
H quem possa contestar, dizendo que basta no pagar que isso no acontece. Mas a realidade no bem assim. Em alguns casos, o sujeito simplesmente no consegue trabalhar de tamanho empecilho que fiscais corruptos causam a ele, caso no entre no esquema de propina. A conduo da empresa fica inviabilizada. No fim do ms, ele tem que pagar as contas, as dele e as da empresa.
Os exageros so tantos, que muitos funcionrios de rgos fiscalizadores se acham no direito de receber aquela propina. Em alguns casos, parece at normal.
Evidentemente que a soluo para estes problemas complexa, mas parte do problema, sem dvida, advm da elevada dificuldade dos empresrios se defenderem perante a justia do trabalho e ambiental. O fiscal passou a ter poder absoluto sobre a verdade, enquanto ao empresrio cabe se acuar e rezar para no ser perseguido.
Quando a reza no funciona, ele parte para o pragmatismo e acaba adotando solues extremas, dando fora a uma corrupo que parece infinita: um verdadeiro crculo vicioso.
Revisar a lei, flexibiliz-la, fiscalizar os agentes destes rgos fundamental para resolver tais problemas. A golpista do noticirio de hoje apenas um peixinho num mar de corrupo, um personagem pequeno dentro da realidade dura e vil que o empresariado brasileiro enfrenta dia a dia. (MPN)
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>